16/04/09

Do Manchester desde pequenino.

A eliminação do F.C. Porto pelo Manchester United, ontem à noite, em pleno Estádio das Antas, abarrotado de fervorosos e crentes adeptos azuis e brancos, encheu-me de alegria.

E desde já esclareço que fico muito contente de conseguir, com esta afirmação, irritar os tradicionais patriotas à galo de barcelos que acham que temos de defender o futebol português "lá fora" (se calhar o problema é meu, porque eu imagino-me sempre "lá fora" e não tenho nem um pouco deste seu espírito de quintarola). A verdade, se quiserem ir por aí, é que a eliminatória foi ganha por um português que derrotou uma legião de jogadores sul-americanos e o resto é conversa.

Assim, na próxima eliminatória das competições europeias, o F.C. Porto vai jogar contra os mesmos que o Benfica, o Sporting ou o Sintrense: ninguém! Para quem já dizia estar pronto para ganhar a final, isto tem um nome: derrota. Para quem usa os expedientes que usa, isto tem um adjectivo: sem espinhas!

Faltou pouco para passar, dizem os adeptos. É verdade. Que bocadinho é que faltou, então? Precisamente o que teve contra o Benfica para o campeonato no mesmo estádio, quando este ganhava com todo o mérito: um jogador seu a fazer batota ostensivamente e um árbitro perto, pertinho, sem visão obstruída ou dificultada, a dizer que viu o que não viu.

Por essas e por outras, hoje sou do Manchester desde pequenino.